O Carro e o Mercado Automobilístico

Com o passar dos anos, a GM, Ford, Toyota e Volkswagen conquistaram  uma posição de liderança na fabricação de veículos atingindo, em 2009, uma produção mundial que se situava em torno dos 15milhões de automóveis por ano. Atualmente estima-se em mais de 750 milhões de veículos rodando neste planeta[i].

         1.1       Etimativas da produção mundial de automóveis em 2008

Fonte: International Organization of Motor Vehicle Manufacturers - OICA[ii]

No ano de 2009 a China se tornou o maior mercado consumidor automobilístico do mundo. Como pode ser observado na coluna 3 da tabela 1.1.A, China esta caminhando para se tornar o numero 1 também em produção de veículos, superando os Estados Unidos que mantinha a liderança por quase um século. A China manteve o crescimento de sua produção apesar da redução proveniente dos outros países por conta dos reflexos da crise do ano anterior.

1.2      Demanda mundial de veículos

(2007)  53,201,346     (2008) 52,637,206         Declínio de   -1.1%

Fonte: World Motor Vehicle Production – tabela da OICA

Como vimos nos sub-capítulos anteriores, os incríveis aperfeiçoamentos no automóvel foram criados para superar as barreiras e habilitá-lo ao consumo para um universo de pessoas cada vez maior. A cada ano o numero de pessoas que realizam o sonho de ter o seu próprio carro aumenta de uma forma exponencial, o que infelizmente não esta correlacionado como o desejo de muitos compradores de cortar proporcionalmente as emissões de poluidores.

O conceito da mobilidade deveria ser revisto, caso contrario a maioria das grandes cidades tenderão a se tornar um grande estacionamento. Os problemas em escala antes restrito ao transito em São Paulo, hoje acontece na maioria das capitais e cidades de mais de 1 milhão de habitantes, devido a diferentes razões que dependem do usuário.

Esta estruturação deve se esquivar de soluções paliativas que só adiam por pouco tempo a vinda do caos ainda maior. Alguns enfoques comerciais servem apenas como soluções paliativas que desviam a atenção do consumidor em relação ao problema principal. Já existem diversos serviços que oferecem instalar maior conforto no carro; do tipo sistema de TV, vídeos, internet, telefonia, geladeira, de forma a enfrentar as horas de engarrafamento com mais tranqüilidade. Isto em nada se coaduna em solucionar o entrave físico do problema principal que é o excesso de automóveis nas vias publicas. Muitas vezes o trecho percorrido em uma hora dentro de um carro no congestionamento é superior ao tempo que seria necessário para percorrer o mesmo trecho a pé.

Em algumas grandes cidades do mundo por falta de planejamento, recursos e capacidade de criar soluções o trânsito já esta beirando o caos, acarretando danos ainda maiores a saúde pública, ao meio ambiente, fora desperdícios de energia e improdutividade (dos profissionais presos no trânsito). Cidades que possuem uma cultura de organização como Nova Iorque e Londres já estão se estruturando através de planos de contingência para enfrentar este quadro. Um bom exemplo foi a criação do Plan NYC, visto que o maior numero de veículos circulantes vem de fora da ilha de Manhattam[v]. Este mesmo fenômeno já esta acontecendo com a maioria das grandes cidades devido aos custos dos imóveis residenciais, colégios, postos comerciais entre outros empreendimentos imobiliários porque este custos acarreta na mudança de pessoas para regiões mais distantes do centro comercial destas cidades. No caso do Brasil a área da grande São Paulo representa uma população de mais de 25 milhões de pessoas, que engloba a região metropolitana o que equivale a diversas cidades pequena[vi].

         1.1.D   Evolução da Frota de Veículos no Estado de São Paulo

Fonte: DENATRAN de São Paulo

OBS: A redução da frota em algumas Unidades da Federação se deve a depuração do cadastro estadual e integração ao sistema RENAVAM.

De acordo com a EMTU, a área da Grande São Paulo é de 8.051 km² o que corresponde a menos de um milésimo da superfície brasileira e a menos de 4% do território estadual. Porém, a Grande São Paulo tem aproximadamente as mesmas dimensões de algumas nações, como Líbano (10 452 km²) e Jamaica (10 991 km²)[vii].

Esta alta concentração de veículos em um espaço projetado para uma frota bem menor com normas de qualidade do ar relativamente amplas, cria diversos riscos. O próximo capítulo levanta uma seria de questões relativas aos riscos ambientais que os gases de efeito estufa (GEE) representam para a sobrevivência do ser humano.