O objetivo deste capítulo é descrever as implicações do ciclo de fabricação dos automóveis e os impactos provenientes do aumento da frota de veículos que discutimos no capítulo 1.3. O foco deste capítulo é analisar as implicações desse crescimento com o meio ambiente, como foi apresentado na tabela 2.1. Atualmente o aumento do consumo de veículos está correlacionado com o aumento de consumo de combustíveis de origem fóssil e as emissões de gases de efeito estufa (poluentes) na atmosfera terrestre. Ao longo deste capítulo faremos uma breve descrição do ciclo de vida desses meios de transporte, percorrendo desde os impactos da escavação das jazidas de matérias-primas utilizadas em sua fabricação, até a produção do alumínio, aço e ferro necessários para sua manufatura. De acordo com os cálculos feitos por uma força-tarefa denominada Controlled Hydrogen Fleet and Infrastructure Demonstration and Validation Project, liderada pelo NREL e publicada pela Associação Nacional de Hidrogênio, nos Estados Unidos, as estimativas de custos escondidos para uma economia dominada por veículos à gasolina são:

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA URBANA = 80 bilhões de dólares por ano.
CUSTOS À SOCIEDADE = 700 bilhões de dólares por ano.

Os desastres ecológicos mundiais tornaram os debates sobre os gases de efeito estufa uma prioridade de diversos chefes de estado, principalmente na União Europeia. Com isso, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), que ocorreu entre 07 e 18 de dezembro de 2009, ganhou visibilidade. Se voltarmos na história para o começo da Era da Industrialização, onde foi criado o primeiro motor a vapor de condensação, e compararmos os níveis de dióxido de carbono (CO2) daquela época, que eram em torno de 280 partes por milhão (ppm), com os níveis atuais de 375 ppm, pode-se notar que quase 70% desse aumento ocorreu desde a década de 1950.

Os desastres ecológicos mundiais tornaram os debates sobre os gases de efeito estufa uma prioridade de diversos chefes de estado, principalmente na União Europeia. Com isso, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), que ocorreu entre 07 e 18 de dezembro de 2009, ganhou visibilidade. Se voltarmos na história para o começo da Era da Industrialização, onde foi criado o primeiro motor a vapor de condensação, e compararmos os níveis de dióxido de carbono (CO2) daquela época, que eram em torno de 280 partes por milhão (ppm), com os níveis atuais de 375 ppm, pode-se notar que quase 70% desse aumento ocorreu desde a década de 1950. 

 
3.1 As emissões de gases de efeito estufa (GEE) 

Este subcapítulo contém informações sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) resultantes de atividades de energia estacionária e móvel, incluindo a queima de combustível de origem fóssil, que é responsável pela maioria das emissões de CO2 em diversos países. Os gases de efeito estufa que ocorrem na Terra naturalmente incluem o vapor d’água, o dióxido de carbono (CO2), o ozônio metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e (O3). Há também diversos gases que não têm um efeito direto no aquecimento global, mas afetam indiretamente a absorção da radiação terrestre ou solar, influenciando a formação ou destruição de gases com efeito de estufa, incluindo o ozônio troposférico e estratosférico. Estes gases incluem o monóxido de carbono (CO), os óxidos de azoto (NOx) e os compostos orgânicos voláteis não CH4. Os aerossóis de emissões de carbono, que são partículas extremamente pequenas, ou gotículas de líquidos, tais como as produzidas pelo dióxido de enxofre (SO2), também podem afetar as temperaturas terrestres devido a suas características de absorção da atmosfera. O video ao lado explica visualmente como ocorrem as emissões de gases de efeito estufa.

 
O Protocolo de Quioto e o acordo para reduções de emissões de gases de efeito estufa 

As regras para a implementação do Protocolo de Quioto foram aprovadas durante a COP 7 Convenção das Nações Unidas sobre o Quadro das Alterações Climáticas (UNFCCC) em Marrakesh, em 2001, e são chamadas de “Acordos de Marrakesh”. A principal característica do protocolo é estabelecer metas obrigatórias para 37 países industrializados e a comunidade europeia para reduzir gases de efeito estufa (GEE), reconhecendo que os países desenvolvidos são os principais responsáveis pelos atuais níveis elevados de emissões de GEE na atmosfera, como resultado de mais de 150 anos de atividade industrial. 

Com essa premissa, o protocolo impõe uma pesada carga sobre as nações desenvolvidas sob o princípio de “responsabilidades comuns mas diferenciadas”. O objetivo principal é reduzir uma média de 5% dos níveis de gases de efeito estufa de 1990 durante o período de cinco anos (2008 – 2012). A principal distinção entre o Protocolo de Quioto e a Convenção (UNFCCC) é que, enquanto a Convenção encorajou industrializados para estabilizar as emissões de GEE, o Protocolo obriga os países a fazer a redução.   

Fonte: United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCC)